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Museus do Dragão apresentam programação especial na 12ª Primavera dos Museus, de 18 a 23 de setembro


Os museus do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – o Museu da Cultura Cearense (MCC) e o Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) – realizam uma série de oficinas, debates e palestras abertas ao público durante a 12ª Primavera dos Museus, promovida nacionalmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Com o tema “Celebrando a Educação em Museus”, a temporada será realizada de 18 a 23 de setembro e propõe uma reflexão sobre uma das principais funções do museu: educar e contribuir no despertar de interesse para diferentes áreas do conhecimento, a vida em sociedade, a importância das memórias e o valor do patrimônio cultural musealizado.

Em 2017, o Ibram oficializou a criação da Política Nacional de Educação Museal (PNEM), que abre novo capítulo neste campo. Este ano, foi lançado o Caderno da PNEM, que traz um breve histórico da educação museal no Brasil e conceitos-chave para orientar o trabalho na área.

Para além da Primavera dos Museus, os museus do CDMAC mantém uma agenda que contempla a educação museal, por meio de visitadas mediadas, oficinas que exploram junto ao público as exposições em cartaz, palestras e atividades de formação e pesquisa como o Curso de Acessibilidade a Museu e Espaços Culturais – Atendimento à diversidade, do MCC, e o Núcleo de Pesquisa do acervo do MAC-CE.

Confira a programação no Dragão:

18 a 23/set (estendendo-se até novembro)

PERFORMANCE Quem conta um conto acrescenta um ponto

Proposto pelo artista Zé Tarcísio, trata-se de um bordado coletivo realizado junto com os visitantes do museu. Uma mesa com diversos materiais ficará disponível, até o fim da exposição “ZÉ – Acervo de Experiências Vitais”, em novembro, na varanda do MAC para a construção desse grande bordado. Eventualmente, o artista está presente, atuando junto dos colaboradores.

Das 9h às 18h30, no MAC-CE

18, 20, 21, 22 e 23/set

AÇÃO EDUCATIVA Mediações em LIBRAS

VINÍCIUS SCHEFFER

Das 14h às 18h, no MAC-CE

TERÇA 18/set

APRESENTAÇÃO Vídeo Arte e dispositivos de mediação

JORGE SILVESTRE E RACHEL BITTENCOURT

Das 14h às 15h, no Miniauditório do MCC

QUARTA 19/set

APRESENTAÇÃO Cinema Expandido: Da sala escura ao museu

CECÍLIA MESQUITA

Das 15h às 16h, no Miniauditório do MCC

APRESENTAÇÃO Loteando o museu: território de culto ou educação?

CHICO CAVALCANTE

Das 16h às 17h, no Miniauditório do MCC

QUINTA 20/set

AÇÃO EDUCATIVA Onde estão as mulheres na história da arte?

SHERYDA LOPES

Das 15h às 17h, no Miniauditório do MCC

PALESTRA Relato de experiência sobre os desafios inerentes a administração e manutenção de museus

PAULA MACHADO / coordenadora de projetos e acervo do Minimuseu Firmeza

Das 17h às 19h, no Miniauditório do MCC

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO Pinturação, de Sérgio Pinheiro
Às 19h, no MCC

SEXTA 21 / set

AÇÃO EDUCATIVA Patrimônio e Afetividade:

Debate + Oficina de lambe-lambe e stêncil

Das 14h às 17h, no Ateliê dos Museus

APRESENTAÇÃO Pigmentos Sensoriais: Educação Museológica como processo criativo e seus desdobramentos acadêmicos

RAYSSA PESSÔA

Das 14h às 15h, no Miniauditório do MCC

APRESENTAÇÃO Projeto Bebê Dadá: Experiências Multissensoriais com bebês

CRIS SOARES / Coordenadora da Ação Educativa do MAC.CE

Das 15h às 16h, no Miniauditório do MCC

SÁBADO 22/set

AÇÃO EDUCATIVA Experimento de mediação voltado para a exposição de longa duração Vaqueiros a partir de jogo de RPG

Das 14h às 19h, na Varanda e Ateliê dos Museus

FÓRUM Cultura Surda, Acessibilidade em Museus e Educação

VINÍCIUS SCHEFFER (organizador) | inscrição https://goo.gl/mevUFR

O Fórum sobre cultura surda, acessibilidade em museus e educação ocorrerá no mês em que é celebrado o Orgulho Surdo, conhecido pela comunidade surda como Setembro Azul. Nesse encontro, será apresentado o MAC/CE e como o museu tem pensado a acessibilidade para pessoas surdas e seu projeto de ações educativas. Esperamos que nessa ocasião se construam debates e proposições de pessoas surdas e com deficiência auditiva para as políticas de acessibilidade do MAC/CE.

Das 16h às 20h, no Auditório do Dragão

APRESENTAÇÃO O culto pelo patrimônio: (pré)tensões do cangaço na cultura nordestina

VAGNER RAMOS

Das 17h às 19h, no Miniauditório do MCC

DOMINGO 23 / set

SARAU Microfone aberto para recital de poesia, leitura coletiva de portfólio, exposição de fotografias de artistas periféricos

Das 14h às 18h, por todo o MCC

AÇÃO EDUCATIVA Interpretação de obras de arte através de mediação com jogo de cartas

Das 16h às 18h, no Miniauditório do MCC

OFICINA Re-lotear

CHICO CAVALCANTE

Em grupo, caminharemos pelos espaços do Dragão do Mar delimitando e nos apropriando dos espaços livres, mobiliários, árvores e edifícios. A proposta, baseada nos trabalhos de Zé Tarcísio sobre os loteamentos em territórios do Ceará, visa discutir os conceitos do público e privado.

Das 16h às 18h, partindo do MAC-CE

/// EXPOSIÇÕES EM CARTAZ

► [ARTES VISUAIS] Abertura da exposição “Pinturação”, de Sérgio Pinheiro

O artista Sérgio Pinheiro comemora 50 anos de pintura com a exposição "Pinturação". O Museu da Cultura Cearense (MCC) homenageia o pintor exibindo seis coleções representativas de sua trajetória: “Os Transformers”, obras fruto de sua monografia de mestrado focada no neoplasticismo de Mondrian; “Coloridos no pincel”, pinturas informais realizadas no computador a partir de minipinturas; “Os Ambulantes”, em versão digital, uma menção a trabalho anteriormente premiado em edital 2006 da Fundação Getúlio Vargas - Concurso Memória do Trabalho, exibido no Museu da Cultura Cearense; coleção “Abstrato Definido”, pinturas que brincam e buscam abstração sem vestígios; e pinturas a partir de ilustrações em Haikai para o livro "O Raio do Futebol", peça ilustrada pelo pintor com texto de Sérgio Redes.

Sérgio Pinheiro é figura emblemática na cidade no campo das artes desde os anos 1970. Para esta exposição, alguns de seus amigos contemporâneos nas áreas do cinema, fotografia e poesia são colaboradores da mostra: Rosemberg Cariry, Nelsinho Bezerra e Brandão. Este último comenta sobre seu trabalho: “Vimos a sucessão de técnicas pictóricas e a luta constante para dominá-las a todas com perfeição nada mais que suficiente para sua própria expressão, seu estudo em Paris, a dissecação lúcida e simples da sociedade de consumo através do esfolamento do exoesqueleto de seus produtos, ou seja, das caixas de embalagens”.

Segundo Brandão, “Sérgio veio ao mundo para observá-lo e registra suas observações de um modo peculiar, com uma lógica própria que parece advir de um existencialismo intuitivo que paradoxalmente tem raízes profundas na tradição regional e que repousa tranquilamente na universalidade da máxima ‘viva e deixe viver’".

O artista dedica Pinturação a sua irmã Maria Lúcia Sales Pinheiro.

Abertura dia 20 de setembro de 2018, às 19h, no Museu da Cultura Cearense. Em cartaz até 4 de novembro de 2018. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até às 18h30) e aos finais de semana, das 14 às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito. Livre.

► “Silvio Rabelo: reinventando a marchetaria”

O artista Silvio Rabelo é desenhista, pintor e escultor que domina a técnica da marchetaria. Destaca-se por ser autodidata assim como pela habilidade na criação de trabalhos com madeira a partir de pesquisa e experimentação. Suas obras ilustram capas de livros, discos e coleções relevantes do Brasil e exterior, compondo também exposições individuais no Museu da Cachaça, Tribunal Regional do Trabalho, Receita Federal, dentre outros.

Sob curadoria de Valéria Laena, a exposição “Silvio Rabelo reinventando a marchetaria” traça um percurso em torno de 40 obras do artista que resultam de umas das mais antigas artes: a marchetaria. O processo criativo envolve o olhar sensível do artista para extrair das fibras naturais preciosos tons de madeira, numa expressão plástica que reúne marchetaria e pintura. A exposição ocupará as galerias 01 e 02 do Museu da Cultura Cearense no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no período de 6 de setembro a 4 de novembro de 2018.

Silvio por Descartes Gadelha

“Ao contrário do arrastão de tudo aquilo que é chamado de arte contemporânea em que o fazer manual é relegado, Silvio reabilita o poder da artesania. Isso nos acalma, lembrando em tempo, que somos humanos possuidores de alma.

Também nos alerta que a tecnologia (ainda) não conseguiu nos transformar em autômatos no rumo da extinção. Portanto, o artista prova que as mãos estão ligadas ao espiritual. No processo criativo faz uma sondagem arqueológica, uma das mais antigas artes, a marchetaria. Seu sentimento estético perfeitamente conectado com as mãos reconstitui e revitaliza essa arte; assim, faz uma assepsia nos olhares poluídos e infectados pelo lixo artístico da sociedade de consumo.

Proporciona novas possibilidades de ver e olhar o objeto artístico ao fundir a marchetaria com a expressão plástica da pintura, resultando numa reinvenção dessas duas técnicas numa só dimensão. Abandona a paleta das cores químicas pela paleta (botânica). Seu olhar de pintor ultrapassa o cromatismo artificial e penetra no lenho, âmago das fibras naturais para garimpar os mais preciosos tons de madeira.

A árvore abatida é replantada. Não existe a infração ecológica porque acontece o reflorestamento no sítio estético.

O artista sabe que a natureza é simples, sem arrogância e pretensão; também sabe que a natureza é a única harmonia legítima. Silvio incorpora esse princípio ao simplificar sua atitude diante da vida e da arte. Daí não mais há exuberância artificial das cores industriais que dominam as temáticas do consumismo. Agora, são as cores suaves e legítimas nos delicados pedacinhos de madeira utilizando a sensível técnica da incrustação. Com as folhas secas que caem no pé da árvore sempre renovando imagens, Silvio monta sua obra com o mesmo sentimento e olhares dos pintores engarrafadores das areias coloridas do Aracati e das bordadeiras da praia do Iguape. Sílvio Rabelo faz parte dessa importante casta de artistas cearenses”.

Sobre o artista

Autodidata no início da juventude, descobriu sua habilidade com a madeira e as possibilidades de criação advindas desse recurso natural renovável. Aos 20 anos, iniciou-se nas artes como entalhador e escultor.

A inquietude de sua mente criativa o levou a experimentos exploratórios imprevisíveis com restos de madeira, na tentativa de reaproveitar a matéria-prima que a cada dia parecia descortinar inúmeras possibilidades de expressões. Foi daí que, longe do academicismo, surgiu a empatia com a marchetaria, técnica que tem possibilitado um referencial para descobertas e reconstruções cognitivas.

O trabalho do artista retrata uma herança cultural interiorizada, somada a construção de subjetividade resultante de uma multiplicidade empírica.

O artista Sílvio Rabelo, desenhista, pintor e escultor é versado na técnica da marchetaria que constitui caminho frequente na produção de sua obra que hoje ilustra capas de livros e de discos importantes e compõe acervos relevantes no Brasil e no exterior. Participou recentemente da exposição que percorreu o Brasil em homenagem a Luiz Gonzaga com a curadoria de Bené Fonteles.

Exposições individuais do autor

Faculdade Integrada do Ceará – 2007

Receita Federal do Brasil – 2007

Luciano Cavalcante – 2008

Museu da Cachaça – 2009

Tribunal Regional do Trabalho – 2009

Prêmios

Vencedor por unanimidade do concurso para escolha da logomarca da CEDP – Companhia Estadual de Desenvolvimento Agrário e de Pesca – 1989.

Em cartaz até dia 4 de novembro de 2018, nas salas 1 e 2 do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, com acesso até as 18h30; e aos sábados e domingos, das 14h às 21h, com acesso até as 20h30. Gratuito. Livre.

► "ZÉ – Acervo de Experiências Vitais"
Curadoria: Bitu Cassundé | Curadora assistente: Cecília Andrade

A exposição "ZÉ – Acervo de Experiências Vitais" é resultado de inúmeros encontros com o artista Zé Tarcísio e de uma longa pesquisa em seu acervo de obras, matérias e entrevistas. Maturada pelo tempo e convivência, essa pesquisa finalmente ganha visibilidade.

Com questões definidas, que são retomados em diferentes momentos mas sempre reinventadas com novas disposições, o trabalho de Zé convida a um trajeto circular através de caminhos povoados por signos como cercas, estacas, limites, pedras, relicários, oferendas, faces, compondo mitologias permeadas pelos contextos físico, político, social e ancestral que se vinculam à vida do artista: “Tudo que vivi se incorporou, automaticamente, ao meu acervo de experiências vitais, estando de uma ou outra forma, expresso em meus trabalhos”.

Nesta panorâmica, estão representadas várias séries desse premiado artista - que iniciou sua atuação nas artes nos anos 1960 e segue produtivo até a atualidade -, como Loteamentos, Kaosmos, Nativos, entre outras. Constam trabalhos de técnicas e linguagens variadas, passando pelo desenho, pintura, gravura, objetos, escultura, apontando a versatilidade de Zé Tarcísio em seus 57 anos de produção em artes.

Serão evidenciadas obras do acervo do artista, de coleções particulares e de importantes acervos institucionais como o do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, da Coleção do Museu de Arte Contemporânea do Ceará e do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil. Vários desses trabalhos escolhidos na curadoria serão apresentados ao público pela primeira vez.

"ZÉ – Acervo de Experiências Vitais" expõe o trabalho do artista numa perspectiva de intimidade, recorrendo a trechos de depoimentos que convidam o espectador a adentrar seu conjunto poético. Complementando o percurso, um vídeo apresenta fragmentos do processo da composição e montagem da exposição. Estão previstos, ainda, programas públicos de oficinas e palestras que abordarão, através da relação de Zé Tarcísio com outras linguagens, o seu fazer artístico.

Em cartaz até novembro, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 19h, com acesso até as 18h30; e aos sábados e domingos, das 14h às 21h, com acesso até as 20h30. Gratuito. Livre.

► Exposição "Vaqueiros"

(fechada no momento para montagem de nova exposição do MCC no piso intermediário. Reabertura no dia 21)

Exposição lúdica, de caráter didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos ligados ao cotidiano do vaqueiro.

// Exposição de longa duração, no piso inferior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a domingo, das 9h às 19h (acesso até as 18h30) e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.

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